25 de setembro de 2009

Rio Preto promete surpreender no handebol

(foto de Thomaz Vita Neto)

Vinicius de Paula

Após 11 anos sem conseguir defender Rio Preto nos Jogos Regionais e nos Abertos do Interior, uma equipe de handebol feminina formada exclusivamente com atletas da cidade começa a se consolidar como uma das gratas surpresas deste ano. O retorno aconteceu justamente nos Regionais de Votuporanga, em junho, quando a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel) resolveu não contratar times de outras cidades. E veio a surpresa. As garotas de Rio Preto deram um show, garantindo o ouro e a classificação aos Abertos. A modalidade acontecerá entre 7 e 11 de outubro. Como parte da preparação, o time rio-pretense lidera a Liga Regional de Handebol de Dracena, com quatro pontos. Estreou com vitória de 22 a 10 sobre Osvaldo Cruz e bateu Birigui por 19 a 17, domingo passado, no ginásio 19 de Março. “A gente ainda se pergunta: será que estamos sonhando?”, diz a técnica e jogadora Lara Bernardino, 38 anos, uma das responsáveis pela volta do handebol feminino da cidade.

Lara defendeu o handebol de Rio Preto entre 1988 e 1991. “Depois me transferi para o Mirassol em 1992 e retornei no ano seguinte para Rio Preto, já como técnica”, recorda Lara. Segundo ela, a Smel começou a fase de contratação de atletas de outras cidades para o handebol a partir de 1995. “Vinham poucas jogadoras, mas em 1998 contrataram uma equipe inteira e as jogadoras da cidade não tiveram mais espaço”, emenda. Além de Lara, a nova equipe feminina de handebol conta com a veterana armadora direita Hélia Verssuti, 39, e a experiente Luciane Barcelos, 29, ex-ponta-direita do Osasco, onde foi campeã brasileira de 1997 e paulista de 1999. “O esporte está no nosso sangue. É difícil ficar sem ele”, diz Hélia, que trabalha como representante de vendas de produtos veterinários. Luciane é professora das escolinhas de iniciação de handebol de Rio Preto.

A mais nova da equipe é a estudante Camila Carvalho, de 16 anos, que se destaca como ponteira-esquerda. “Descobri o handebol numa das pracinhas perto de casa (no bairro Cidade Jardim). Comecei a jogar e não parei mais”, conta Camila, que está no segundo ano do ensino médio e tem como objetivo entrar na faculdade de educação física. O secretário de esportes de Rio Preto, José Carlos Marinho, disse que vai continuar com a política de incentivo aos atletas da cidade. “É nesse tipo de trabalho que acreditamos e por isso está descartada qualquer contratação de equipes de fora”, disse.

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